A maior catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul deixou um rastro de destruição em diversos municípios gaúchos. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulgou os resultados das avaliações técnicas realizadas nas cidades afetadas pelas intensas chuvas que provocaram inundações históricas e processos geológicos como deslizamentos de terra e rachaduras no solo.
Os municípios de Arvorezinha, Encantado, Marques de Souza e Putinga, todos localizados no Vale do Taquari, receberam vistorias do SGB entre os dias 27 e 31 de maio. A análise abrangeu áreas indicadas pelas Defesas Civis municipais. O chefe do Departamento de Gestão Territorial, Diogo Rodrigues, afirmou que a ação visa fornecer suporte técnico aos gestores públicos, ajudando-os a tomar decisões que garantam a proteção das comunidades afetadas.
Camping dos Vales, Rio Lajeado Ferreira: Diversos deslizamentos, sedimentos transportados e deposição no leito do rio, causando assoreamento.
Linha São José: Deslizamento arrastou maquinário agrícola, destruiu área de plantio e parte de uma casa. Estrada obstruída, risco de queda de rochedos.
Linha Terceira: Destruição de área de plantio e uma casa, remoção de vegetação, sedimentos no Rio Borguetinho.
13 Pontos Críticos: Deslizamentos, rastejos, corridas de lama e detritos, enxurradas e inundações.
Rua Monsenhor Abílio Fontana, Bairro Lajeadinho: Deslizamento atingiu duas residências e um galpão.
Linha Azevedo: Deslizamentos em novembro e maio, obstrução de via.
Barra do Jacaré, Rua Taquari: Deslizamento atingiu três residências, área de risco muito alto.
Recomendações: Reforço no sistema de monitoramento e alerta hidrológico, revisão da setorização de risco, elaboração de planos de contingência.
Linha Tamanduá: Deslizamento atingiu casas, resultando em duas mortes e um desaparecido.
Linha Atalho: Deslizamento atingiu quatro casas.
Bairro Cidade D’água: Inundação atingiu telhados das casas.
Centro, Rua Alzira Lammel: Correnteza causou danos a casas, destruiu ponte de ligação com Travesseiro.
Recomendações: Monitoramento constante, criação de sistemas de alerta, avaliação de obras de contenção e drenagem.
Centro Urbano: Pluviômetro registrou 930,2 mm de chuva em maio, transbordamento do Arroio Putinga causou danos significativos.
Rua Getulio Vargas: Danos em casas e processos erosivos.
Rua Augusto Toniollo: Casas danificadas por enxurradas e ravinas.
Distrito de Charqueado: Deslizamento próximo a residências.
Recomendações: Monitoramento diário das encostas, criação de sistemas de alerta e mapeamento de áreas de risco.
Monitoramento das trincas e das encostas com cicatrizes de deslizamentos.
Aguardar período de estiagem para retorno da população nas áreas críticas.
Avaliação das condições dos sistemas de drenagem e das estruturas das casas e prédios próximos aos deslizamentos.
Monitoramento constante, especialmente em períodos de grandes chuvas.
Criação de sistemas de alerta à população e promoção de simulados de evacuação.
Avaliação da viabilidade de obras de contenção e drenagem.
Criação de políticas públicas para reduzir ocupações em áreas de risco.
Ações de educação ambiental e percepção de risco, além da formação de líderes comunitários.
Mapeamento contínuo das áreas de risco e reavaliação periódica das já identificadas.
Os estudos realizados pelos pesquisadores em geociências do SGB são fundamentais para orientar os gestores públicos na implementação de medidas de proteção e prevenção, garantindo a segurança das comunidades afetadas.