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Fim do mistério: Polícia Civil confirma que ossada encontrada no Vale do Sinos é de advogada desaparecida em São Leopoldo

Publicada em 18/06/24 às 13:20h - 20 visualizações

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Fim do mistério: Polícia Civil confirma que ossada encontrada no Vale do Sinos é de advogada desaparecida em São Leopoldo
 (Foto: Reprodução)

Quase dois anos após o desaparecimento de Alessandra Dellatorre, 29 anos, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, a história chega a um desfecho. Os restos mortais da advogada foram encontrados numa área de mato perto do trajeto de caminhada dela, em Sapucaia do Sul, há cerca de duas semanas. Segundo a Polícia Civil, a perícia confirmou nesta semana que a ossada pertence à mulher que sumiu após sair para fazer uma caminhada em 16 de julho de 2022. Uma coletiva de imprensa é realizada na manhã desta terça-feira (18) pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para detalhar o caso.
Os restos mortais foram localizados próximo de um muro, que cerca uma área militar. O local fica nas proximidades do percurso de caminhada da advogada. O corpo não estava enterrado e não havia nenhum sinal de cova no local. Inicialmente, a polícia não tinha a confirmação da identidade da mulher, que foi obtida por meio de exames como análise da arcada dentária, exame antropológico (que identificou, por exemplo, próteses mamárias), não sendo necessária a comprovação por DNA.
Além disso, o moletom que ela usava no dia do desaparecimento também foi localizado. O levantamento aponta que, embora tenha sido encontrada a ossada, em razão do tempo transcorrido, ela estaria vestindo a roupa, quando morreu.
— Podemos dizer que o caso de desaparecimento está encerrado. A primeira missão era encontrar. Claro que sempre buscamos o encontro com vida. Não sendo possível, nos empenhamos em devolver a pessoa para que a família possa fazer a despedida— afirma o diretor do DHPP, delegado Mario Souza.
O CASO
Uma série de análises foi solicitada ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para averiguar o que causou a morte de Alessandra. Os resultados obtidos até o momento não indicam qualquer sinal de violência, como fraturas ou outros tipos de lesões aparentes na ossada. Neste cenário, a principal hipótese da Polícia Civil neste momento é de que a advogada tenha sofrido um mal súbito e que tenha falecido no local, sem interferência de outra pessoa. No entanto, um novo inquérito foi instaurado para apurar o que causou a morte da advogada.
Diretor-geral adjunto do IGP, Maiquel Santos afirmou que foram produzidos três laudos periciais. Um deles é o laudo do local da morte, outro é o laudo antropológico, que demonstra a situação em que estava o corpo, e o terceiro o de identificação.
— Já estava no nosso radar a busca pela Alessandra. Já tínhamos documentação odontológica, e material genético colhido de familiares. O IGP trabalhou na produção desses três laudos. Assim, foi possível apontar que aquele cadáver é efetivamente da Alessandra — explicou.
A área onde ela foi encontrada fica no perímetro onde foram realizadas buscas na época. Policiais chegaram a fazer diversas buscas em matagais, inclusive com o auxílio dos bombeiros e de cães farejadores, mas nenhum vestígio foi localizado. Também foram realizadas diligências em municípios vizinhos, sem sucesso.
Segundo a delegada Mariana Studart, uma testemunha viu a Alessandra passar caminhando em direção a área de mato, onde ela acabou sendo encontrada. Conforme a polícia, é uma área densa em alguns pontos.
— Tudo leva a crer que ela caminhou em zigue-zague. Daria mais ou menos 1,9 mil metros em linha reta. E aqui foi o encontro da ossada, próximo da área militar — explicou.
Segundo a delegada Mariana, Alessandra costumava caminhar naquele entorno.
— Por algum motivo ela entrou na área da mata. O nosso último registro por câmera nos levava a crer isso. Infelizmente, aquele tempo não houve sucesso nas buscas. A área de mata é muito vasta e densa — disse.
O corpo de Alessandra foi localizado durante uma limpeza do terreno realizada nesta área da União:
— A posição onde ela estava, próximo ao muro, que conforme as investigações preliminares não há nenhum sinal que demonstrem acontecimento de um crime. Não há ossos quebrados, trincados, roupa estava colada ao corpo. Então, não há indicativos nesse primeiro momento de crime — afirmou Souza.
Após o sumiço de Alessandra, uma garrafa plástica foi encontrada pelo pai numa lixeira a partir de imagens de câmeras de rua, que flagraram um trecho da caminhada dela. A advogada descartou o recipiente enquanto se exercitava. A garrafa foi encaminhada para análise do IGP, que indicou a presença de uma mistura de substâncias compatíveis com um medicamento chamado Venvanse, utilizado para tratar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), e de uma bebida energética com cafeína, comumente usada em pré-treinos físicos.
— A garrafa continha lisdexanfetamina, anfetamina, cafeína e triglicerídeos de cadeia média, o que é coerente com a mistura de Venvanse e uma bebida energética à base de café. Não foi possível a determinação da concentração das substâncias encontradas, (mas) não foram encontrados venenos — explicou a perita criminal Clarissa Bettoni na época.
A perícia foi solicitada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Leopoldo, que é responsável pelo inquérito. A investigação constatou ainda que Alessandra pesquisou em seu celular os nomes de diversos venenos, como cianeto de potássio. Mas nenhum veneno foi encontrado dentro da garrafa.
Ao longo da apuração da DHHP de São Leopoldo, mais de duas dezenas de pessoas foram ouvidas, houve quebra de sigilo do telefone dela, e buscas em áreas de mato, além de perícias realizadas na tentativa de localizar a advogada. A investigação efetuada pela polícia não identificou nenhuma evidência de que Alessandra tenha sido vítima de algum crime.
Sobre o tempo levado para localizar os restos mortais de Alessandra, a polícia afirmou que as buscas foram realizadas em inúmeros locais.
— O trabalho de desaparecidos é complexo, sensível e envolve a vida privada de uma pessoa. Nós preservamos a privacidade da Alessandra e da família dela. A realidade é que era uma agulha no palheiro. Era uma área densa. Difícil. Não foi realizada buscas somente lá. As buscas foram realizadas lá, em cidades vizinhas e inclusive fora do Estado. Nada foi descartado — afirmou o delegado Souza.
O caso
Desde que a advogada sumiu, a família não descansou, na tentativa de localizá-la. Buscas eram realizadas, cartazes foram espalhados pela região e uma página foi criada na internet em busca de informações. A conta @ProcurandoAle no Instagram tem 9,7 mil seguidores. Em diversas postagens, a família suplicou por respostas para o paradeiro da jovem, e chegou a oferecer pagamento de recompensa por informações sobre ela. Nesta manhã, a família anunciou o encerramento do caso:
Os principais acontecimentos do caso
Desaparecimento
Aos 29 anos, Alessandra Dellatorre sumiu num sábado, dia 16 de julho. Ela saiu de casa por volta das 14h30min para caminhar, vestindo um moletom preto e calça da mesma cor. A advogada deixou em casa o aparelho celular e documentos. Ela levou também uma garrafa, supostamente com uma bebida que costumava tomar antes da atividade. Câmeras de segurança chegaram a registrar parte do trajeto feito pela advogada.
Buscas
Assim que percebeu que a jovem não voltou para casa, a família passou a se mobilizar e acionou a polícia. Foram espalhados cartazes com fotos e informações sobre a advogada no entorno de sua casa e em vias movimentadas de São Leopoldo, assim como em municípios da região. Sem respostas, a família chegou a expandir a procura para outros Estados.
Apelos da família
No dia 22 de julho, seis dias após o sumiço, os pais dela divulgaram um vídeo nas redes sociais. Eduardo e Ivete Dellatorre solicitavam ajuda para encontrar a filha e agradeciam as autoridades e pessoas por compartilharem o caso.
— Minha filhinha está desaparecida há mais de seis dias. Eu lhes peço encarecida e humildemente, um pai e uma mãe que estão em desespero, que se souberem de qualquer fato ou situação relacionada à Alessandra que entre em contato — disse o pai.
Incursões em matagais
Após o sumiço, foram realizadas buscas em áreas de mato pelos policiais, com auxílio dos bombeiros e cães farejadores, mas nada de concreto, que pudesse indicar o que aconteceu, foi localizado. Equipes também realizaram diligências em municípios vizinhos, sem sucesso.
Outdoor
Na metade de setembro do ano passado, um outdoor foi instalado pela família de Alessandra na esquina da Rua Dom João Becker com a Rua São João, uma das mais movimentadas do centro de São Leopoldo. Nele, foram inseridas fotos de Alessandra e o telefone usado pela família para tentar obter novas pistas.
Investigação particular
Investigadores particulares foram contratados pela família para apurar toda e qualquer informação nova que chega ao conhecimento. Amigos e parentes seguem refazendo os passos da jovem.
Laudo pericial
Durante as buscas, familiares de Ale encontraram uma garrafa descartada por ela no trajeto. No dia 25 de janeiro, o laudo da perícia realizado na garrafa foi concluído. O exame indicou a presença de uma mistura de substâncias compatíveis com um medicamento chamado Venvanse, utilizado para tratar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), e de uma bebida energética com cafeína, comumente usada em pré-treinos físicos. Contratado pela família de Alessandra, o advogado Matheus Trindade avaliou naquele momento que o resultado da perícia enfraquece a possibilidade de suicídio. A família já sabia que a jovem fazia uso do medicamento.
Dicas de como agir
Em desaparecimentos
Registre o desaparecimento na polícia assim que for percebido
Leve uma fotografia atualizada para repassar aos policiais
Outras informações relevantes no momento do registro são saber se a pessoa tem telefone celular e se foi levado junto, se possui redes sociais, os dados de conta bancária, se possui veículo e qual a placa, locais que costuma frequentar, pessoas com quem mantêm contato (amigos, familiares), se é usuária de drogas e se houve alguma desavença que pode ter motivado o sumiço.
Comunique o desaparecimento aos amigos e conhecidos, que podem auxiliar com informações. Ao divulgar o sumiço, informe os contatos de órgãos oficiais como Polícia Civil e Brigada Militar para receber informações. Isso evita que criminosos interessados em extorquir familiares de desaparecidos se aproveitem da situação
Outra orientação importante é que as famílias comuniquem a polícia não somente o desaparecimento, mas também a localização. É muito comum os policiais depararem com casos de pessoas que não estão mais desaparecidas, mas que no sistema constam como sumidas porque o registro de localização não foi feito
Se forem crianças ou adolescentes
Percorra locais de preferência da criança
Saiba informar quem são os amigos dela e com quem pode estar.
Esteja atento às roupas que a criança ou adolescente está usando e, em caso de sumiço, descreva para a polícia.
Mantenha alguém à espera no local de onde ela sumiu. É comum que ela retorne para o mesmo ponto.
Ensine as crianças, desde pequenas, a saberem dizer seu nome e o nome dos pais.
Quando a criança ou adolescente for localizado, informe a polícia.



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