Um dos nomes mais conhecidos da política manezinha, o vereador Gabriel Meurer, chamado carinhosamente de Gabrielzinho, morreu nesta segunda-feira (1º), aos 39 anos. A notícia foi confirmada pela Câmara de Vereadores de Florianópolis.
“É com profundo pesar que a Câmara Municipal de Florianópolis comunica o falecimento do vereador Gabriel Meurer (PL). (…) Aos familiares e amigos, expressamos nossos mais sinceros sentimentos e desejamos força neste momento de dor. Que o consolo possa encontrar espaço nos corações que hoje choram essa triste perda”, diz o texto.
Gabrielzinho estava internado desde 10 de junho por conta de uma influenza e pneumonia nos dois pulmões. De acordo com o último boletim divulgado no sábado (29), ele estava com infecção bacteriana, coma induzido e estado grave.
Manezinho, Gabriel foi eleito vereador da Capital duas vezes, em 2016 e em 2020. No último pleito, foi o terceiro vereador mais votado da Câmara de Vereadores. Durante a atuação, defendeu bandeiras como os direitos das pessoas com deficiência e a transparência no serviço público.
Recentemente, Gabrielzinho assumiu a liderança do governo Topázio Neto (PSD) na Câmara de Vereadores. Seu nome também estava cotado para assumir a vice-prefeitura na chapa que vai concorrer à reeleição, em outubro. Em março, ele havia se filiado ao PL.
— Gabrielzinho vai deixar saudades. Como advogado e como vereador, esteve sempre à frente das principais lutas da cidade. Era um menino, tinha 40 anos, querido por todo mundo. Prestamos nossas homenagens ao Gabriel — declarou o prefeito.
Gabrielzinho nasceu em 14 de maio de 1985, em Florianópolis. Diagnosticado com hipocondroplasia, uma forma menos grave de nanismo, que atinge o crescimento da cartilagem e prejudica o desenvolvimento do corpo, ele costumava definir a condição como sua “primeira luta”.
Victor Dias Batista, amigo de infância de Gabriel, conta que a condição dele nunca foi motivo para impedir que ele corresse atrás dos objetivos. Apaixonado por futebol e torcedor do Avaí, Gabrielzinho vivia nas ruas do bairro Sambaqui jogando bola. Foi numa dessas que conheceu Victor, que atuou como assessor de gabinete do parlamentar.
— Os médicos diziam que ele só sobreviveria até os 18, 20 anos, não passaria disso — relembra o amigo de infância. Superando as expectativas, Gabriel viveu até os 39 anos.
A longo da vida, a condição o fez passar por quatro cirurgias, trouxe problemas de visão e impôs inúmeros desafios em seu dia a dia. O preconceito nunca o impediu:
— Ele gostava muito de trabalhar, até no final de semana, todo dia. Acho que ele tinha uma missão nessa vida, que é ajudar as pessoas — conta Victor.
Antes de entrar na carreira política, Gabrielzinho era conhecido pela atuação no Procon Municipal. Formado em Direito, ele entrou no órgão estadual como estagiário e chegou a ser assessor jurídico. Também comandou o órgão em 2014.
Gabrielzinho era também um amigo para todas as horas, como recorda seu amigo Victor:
— Era um cara sempre alegre, motivado a desafios. Um cara querido, carismático com todos. A gente andava na rua com ele e a gente sabia o carisma e a importância dele no município.
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