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Conheça a história de Lotário Immich, o arroio-meense que fundou a Chapecoense há 51 anos

Publicada em 07/07/24 às 11:42h - 91 visualizações

O Alto Taquari


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Conheça a história de Lotário Immich, o arroio-meense que fundou a Chapecoense há 51 anos
 (Foto: Arquivo Pessoal)

No dia 10 de maio de 2024, a Associação Chapecoense de Futebol completou 51 anos de fundação. Naquela semana, Arroio do Meio acabara de passar pelos momentos mais tristes da história do município, após ser severamente atingido pela catástrofe climática que assolou grande parte do Rio Grande do Sul, com enchentes e deslizamentos de terra. Onze dias depois, no dia 21 de maio, chegava em Arroio do Meio a comitiva da prefeitura de Chapecó. Liderada pelo prefeito João Rodrigues, a equipe veio para auxiliar o município na limpeza de ruas e casas, desobstrução de vias, além de entregar alimentos, água e medicamentos para a comunidade arroio-meense.

Um gesto fraterno de uma cidade a quase 350km de distância, mas que 51 anos atrás já estreitava laços com a Pérola do Vale. Lotário Immich, natural de Arroio do Meio, em 1973, foi o idealizador da Associação Chapecoense de Futebol. Lotário nasceu em 4 de outubro de 1943. Filho de Otávio e Celita Immich, morou até próximo dos cinco anos no distrito de Forqueta, quando sua família se mudou para o bairro Conventos, em Lajeado. Formou-se em contabilidade no Instituto Pré-Teológico – Sínodo Riograndense de São Leopoldo e em 1962 foi buscar novos horizontes em Chapecó. Inicialmente, foi para trabalhar na área da contabilidade. Depois de um tempo, resolveu abrir seu próprio negócio. Teve uma loja de rádios e conserto de eletrônicos, investiu em granja de suínos e teve uma loja de móveis.

Até que entrou para o ramo da hotelaria e permaneceu até o fim da vida, em 7 de novembro de 2002, quando sofreu um acidente doméstico (caiu do telhado de casa) e acabou falecendo aos 59 anos. Casou-se em 1970 com Eluci Aparecida Immich. Fundou o Hotel Chapecó em 1976, que hoje é administrado pelos quatro filhos do casal: Daniela, Alexandre, Fernanda e Renata. “Porém, a hotelaria não foi a grande paixão da vida do meu pai. Na verdade, a grande paixão da vida dele foi a Chapecoense”, revela a filha Fernanda Immich, 47 anos.

“Você está louco?”

Conforme relatos, Lotário chamou três amigos para uma reunião sob a sombra de uma árvore, em frente a uma barbearia do Centro de Chapecó, e fez o convite ao grupo. “Vamos formar um time aqui em Chapecó para jogar os campeonatos regionais?”. A primeira reação foi do amigo Dimas que indagou: “Você está louco?”. Lotário não gostou, mas insistiu na ideia, mostrando, bordado em tecido, o escudo do time, que é praticamente o mesmo até hoje. Apesar da desconfiança, os três amigos embarcaram no projeto. Lotário se prontificou a ser o presidente, enquanto os demais ocuparam outros cargos. Na época, Lotário tinha a loja de móveis, até onde o grupo se dirigiu para escrever a primeira ata do clube. No dia 10 de maio de 1973, portanto, foi fundada a Associação Chapecoense de Futebol, idealizada por um arroio-meense. Lotário, desde a fundação do clube até a sua morte em 2002, sempre esteve envolvido com a sua paixão: a Chapecoense. Seja como presidente, como dirigente ou membro do conselho, nunca virou as costas para o clube. “Pelo contrário, o pai era muito diligente, era de correr atrás e de se esforçar para trazer o que a Chapecoense estava precisando”, lembra a filha Fernanda.

Olho clínico

O jornalista Gesélio Luiz Catalan, 70, que auxiliou a reportagem do AT com informações, contatos e relatos da época da fundação da Chape, trabalhou com Lotário no clube. Também formado em Educação Física, Catalan foi preparador físico da Chapecoense entre 1979 e 1985 e conviveu com os fundadores do time. “Lotário foi um dirigente diferenciado, em cada contratação e ao passar dos dias no clube, ele fazia um diagnóstico, raramente se equivocava. Era cauteloso, porém, muito vibrante ao lidar com o plantel e seus diretores.” Wilson José da Veiga, o ‘Wilsinho’, 63, foi jogador da Chapecoense e conviveu com Lotário. Chegou em 1981 em Chapecó e depois de treinar com o juvenil do clube, ganhou a oportunidade no profissional. “Seu Lotário, na época, era quem comandava a base. Ele tinha um olho clínico. A maioria dos jogadores que ele apostava davam certo. É um cara que eu tenho grande admiração e carinho. Se a Chapecoense está como está hoje é graças ao Lotário. Um nome que deve ser sempre exaltado.” Raul Tasca, 78, foi o primeiro agente (hoje chamado de diretor executivo de futebol) da Chapecoense. Tasca ajudava o clube com a contratação de jogadores. Trouxe atletas, inclusive, que passaram pela Seleção Brasileira, como o gaúcho ponta-esquerda Volmir, que iniciou a carreira profissional no Lajeadense e se destacou jogando pelo Grêmio e depois pelo Internacional. Tasca tinha loja de calçados em Novo Hamburgo e viajava muito pelo RS. Aproveitava as viagens para fazer tratativas com dirigentes esportivos e garimpar jogadores pelo estado e levar para a Chapecoense.

“Eu auxiliava o Lotário a trazer os jogadores. Ele sempre foi muito dedicado, uma pessoa correta, honesta e ligada ao futebol. O time era aguerrido, que jogava por amor mesmo, numa época em que o dinheiro não influenciava tanto.” Raul Tasca ainda faz parte do conselho deliberativo do clube. “O pai foi um dos pioneiros a trazer jogadores da América do Sul para jogar no futebol catarinense. Recebia muitas fitas de jogos da segunda divisão do Uruguai, Paraguai e Argentina e, então, lá ia seu Lotário atrás das contratações”, relata o filho Alexandre Immich, 49. “Ele hospedava os jogadores no hotel. Teve épocas que tinha 20 jogadores morando lá a custo zero. Ele se doou muito para a Chapecoense. Sempre foi uma pessoa com o coração maior que ele. Nunca deixou ninguém para trás, tanto o clube, como as amizades e a família.” A prefeitura de Chapecó, em 2011, como forma de reconhecimento, denominou a Arquibancada da Ala Sul da Arena Condá, estádio da Chapecoense, de ‘Arquibancada Lotário Immich.

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