A cantora Iza, 33 anos, é obrigada a anunciar, antes de emergir as fofocas nas redes sociais, que seu namorado foi infiel no meio da sua gravidez.
O parceiro de Iza era para estar comemorando a expectativa do bebê, garantindo sossego e tranquilidade para ela, ajudando num período de extrema fragilidade, sendo amigo e cúmplice. Em vez de proteger, ser grato com o presente do destino, deixou um rastro de destruição e egoísmo.
“Já me perdi tentando me encontrar/
Já fui embora querendo nem voltar/
Penso duas vezes antes de falar:
Porque a vida é louca, mano/
A vida é louca.”
Ele não respeitou a artista, a mulher, a mãe de sua própria filha, todas as faces de uma companhia que sempre se mostrou honesta e integra no relacionamento.
“Quero saber só do que me faz bem:
Papo furado não me entretém.”
Eu me assusto com a postura de indiferença em momentos decisivos, na ausência de empatia, na quebra de confiança, no descaso com o amor, na banalização da deslealdade, no ato ignominioso de ferir pelas costas.
“Sempre fiquei quieta, agora vou falar:
Se você tem boca, aprende a usar/
Sei do meu valor.”
Pessoas tão lindas, muito além do estrelado, são vítimas de golpes.
Porque me parece um golpe alguém declarar juras românticas publicamente e promover uma vida dupla nos bastidores, de adultério e segredos sujos.
A impunidade das mentiras me atordoa. Ele jamais contaria a verdade, olho no olho, teve que ser desmascarado. Quanto tempo mais permaneceria enganando?
Não está nem aí para o escândalo. Não está nem aí para a carreira de uma década de uma de nossas maiores expressões musicais. Não está nem aí para o sofrimento que causa, para a decepção que se torna como ex e como futuro pai.
Tem gente que faz tudo pela fama, inclusive vender a alma. E pior: vendem a alma do seu par, não somente a sua.
“Me perdi pelo caminho:
Mas não paro não/
Já chorei mares e rios/
Mas não afogo não.”
Só posso dizer para Iza: sinto muito, você não merecia isso. Ninguém arranca você do nosso palco.
“Deixo a minha fé guiar/
Sei que um dia chego lá/
Porque Deus me fez assim:
Dona de mim.”
Publicado no jornal Zero Hora