A Polícia Federal apura supostas fraudes no fundo de previdência ligado a uma ex-companhia de silos e armazéns em Porto Alegre. Nesta segunda-feira, um ex-diretor da entidade foi preso. A investigação, que teve início em 2023, aponta que ele teria desviado R$ 10 milhões ao longo de mais de uma década.
A empresa em que o suspeito atuava foi criada em 1952 para enfrentar a carência de armazenagens no Rio Grande do Sul, período em que o trigo estava em forte expansão, mas, apesar de ter 10 unidades espalhadas no estado, acabou sendo extinta em 2018. O investigado foi dirigente do fundo de pensão dos funcionários da companhia.
De acordo com a PF, os desvios teriam ocorrido por mais de 10 anos, sendo que o auge das práticas foi após 2005, quando o suspeito passou a atuar junta à cúpula da entidade. Ele chegou a ser multado em R$ 20 mil pelo SPC (Secretaria de Previdência Complementar), também no mesmo período, por causa de aplicações irregulares.
Nesta manhã, houve a apreensão de três veículos e o sequestro de um imóvel comercial. Também foi sequestrada judicialmente uma residência, que fica em um condomínio de alto padrão na avenida Juca Batista, no bairro Belém Novo, no extremo Sul de Porto Alegre.
O ex-dirigente foi alvo de um mandado de prisão temporária. Desde que a empresa foi extinta, ele atua em serviços de assessoria e consultoria contábil, além de ser parte do conselho deliberativo de um colégio particular na zona Norte de Porto Alegre.
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