Um médico suspeito da morte de 42 pacientes e de causar lesões em outros 114 foi preso novamente, nesta terça-feira, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. A ordem ocorre porque a Justiça entendeu que ele teria violado uma medida cautelar, o que a defesa dele nega.
O investigado chegou a ser preso em dezembro de 2023, no interior de São Paulo. Entretanto, obteve liberdade provisória e respondia em liberdade.
As denúncias contra ele começaram a partir de 2022. Ele chegou a ser indiciado por homicídio doloso pela Polícia Civil em pelo menos.
De acordo com o advogado Brunno de Lia Pires, responsável pela defesa do suspeito, a ordem de prisão ocorreu porque o médico não foi encontrado em casa por um oficial de Justiça. O jurista alega que o médico não estava na residência porque trabalha como auxiliar em um restaurante em Novo Hamburgo e cumpria o turno quando foi procurado.
No momento, o médico está detido no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), em Porto Alegre, onde aguarda audiência de custódia. A defesa dele entrou com habeas corpus.
Leia a nota da defesa do médico
Com surpresa a Defesa recebeu a notícia da decretação de nova prisão do dr. João Couto Neto. Surpresa diante de tamanha arbitrariedade de quem deveria conduzir o processo com imparcialidade e primar pela presunção de inocência, tendo em vista que o processo se destina justamente a apurar a responsabilidade do réu pelos fatos a que foi denunciado. A justificativa não se sustenta minimamente, haja vista o médico estar cumprindo à risca todas as medidas cautelares contra si impostas: não deixou a comarca de Novo Hamburgo em nenhum momento, está respondendo todos os processos movidos contra si e não vem exercendo a medicina. Triste ver a justiça enveredar pelo caminho da vingança, prática que infelizmente virou regra no Brasil. Esperamos novamente reverter no Tribunal mais essa injustiça.
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