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Análise psicológica: O que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais?

Publicada em 16/10/24 às 10:58h - 20 visualizações

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Análise psicológica: O que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais?
 (Foto: Reprodução/ND)

Uma criança de 9 anos pulou o muro de uma fazendinha e esquartejou 23 animais. O caso aconteceu na cidade de Nova Fátima, no Paraná, e ganhou repercussão nacional, além de provocar um debate sobre comportamento. Em foco, o que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais.

O comportamento violento infantil é algo multifatorial. O conjunto de fatores intrínsecos e ambientais podem resultar em atos de violência contra animais cometidos por crianças. Por sinal, a ciência, há anos, estuda a relação de casos de maus-tratos a animais por crianças com outros tipos de violência.

Assim, o caso de Nova Fátima provoca o debate comportamental sobre o que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais.

No último domingo, dia 13, segundo a Polícia Militar do Paraná (PMPR), a proprietária do hospital veterinário fez queixa após encontrar 15 coelhos mortos e outros animais feridos.

Após análise das câmeras de segurança, verificou-se que os animais foram atacados por uma criança de 9 anos, que foi até o local acompanhada de um cachorro. As cenas mostraram animais sendo arremessados contra a parede. Alguns deles tiveram as patas arrancadas. A ação, que durou 40 minutos, resultou na morte de 23 animais.

As imagens ajudaram a identificar a criança. Ela mora com a avó e, inicialmente, não apresentava histórico de comportamento violento.

O que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais?

Fatores familiares, ambientais e da própria personalidade da criança podem desencadear transtornos de comportamento, como mostra o livro “Agressividade em Crianças”, pesquisa financiada pelo Programa Estratégico de Apoio à Pesquisa em Saúde (PAPES IV) da Fundação Oswaldo Cruz.

O contexto biológico e sociológico é fundamental para entender possíveis comportamentos agressivos e transgressores, bem como sobre o que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais. Esses comportamentos dependem de elementos que constituem a criança e o contexto vivido, como gênero, competência cognitiva, idade, família, vizinhança, sociedade e cultura.

Nesta linha, estudos já apontaram que a saúde mental de crianças e adolescentes é determinada por uma soma de fatores intrínsecos e também aqueles fruto do ambiente social que fazem parte. Assim, maus-tratos sofridos por crianças podem desencadear ou favorecer comportamentos agressivos e explica o que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais.

Ainda segundo o livro, muitos autores que estudam o tema apontam que a maneira como os pais educam os filhos e a forma de comunicação na família são responsáveis por 30% a 40% da variação dos problemas de agressividade e transgressão na infância.

A ciência também busca entender como atos de violência contra animais cometidos por crianças podem resultar em possíveis outras transgressões no futuro, como violência doméstica, por exemplo. A Teoria do Link ou do Elo é uma tese que explica a conexão entre atos cruéis contra animais e posterior violência contra humanos.

Essa tese, como explica o seminário da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Chapecó, elaborado por Patricia de Oliveira Vieitez, aponta como uma criança violenta com animais pode se tornar um adulto violento.

Nos Estados Unidos, pesquisadores investigam o elo entre a crueldade contra animais e violência contra humanos desde a década de 1960. Alguns estudos já mostraram que uma criança agressiva normalmente é vítima de violência doméstica. Isso gerava um círculo que envolvia abuso infantil, maus-tratos a animais e adulto violento.

Com o passar dos anos, a Teoria do Link ou do Elo passou a trabalhar com três sinais de alerta: crueldade animal, abuso infantil e violência doméstica. Essa teoria, assim, pode ser utilizada, por exemplo, para identificar violência doméstica e prevenir casos futuros de violência contra pessoas e animais.

O papel da psicologia infantil na compreensão desses comportamentos

No contexto sobre o que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais e em relação a comportamentos agressivos, atualmente, muitos tratamentos têm sido utilizados em crianças com psicopatia infantil. Psicoterapia, Farmacoterapia, tratamentos hospitalares, serviços sociais e programas desenvolvidos em escolas e comunidades são aplicados.

O olhar global em relação à criança, para entender todo o contexto comportamental e fatores familiares e sociais, e o envolvimento dos pais e da escola se configuram como ferramentas fundamentais para o acompanhamento e tratamento.

O acolhimento é essencial para ajudar crianças com comportamentos agressivos. Desta forma, é fundamental evitar rótulos que podem ser prejudiciais e para a criança não se sentir “ruim ou agressiva”, algo que pode se vincular e resultar em uma barreira maior na transformação de comportamentos agressivos em práticas mais saudáveis de relacionamento.

Sinais de alerta: Como identificar comportamentos violentos em crianças

Alguns sinais de comportamento violento em crianças são alertas e podem surgir no contexto escolar, familiar ou social.

  • brigas frequentes

  • indisciplina e agressividade

  • intimidações

  • dificuldade em ser contrariada

  • problemas para aceitar erros

  • dificuldade de concentração

  • problemas de controle emocional

  • expressões verbais (gritos e xingamentos)

  • ansiedade

Quando a intervenção psicológica é necessária?

O suporte emocional com a ajuda de um profissional é uma forma de trabalhar comportamentos, com o apoio dos familiares e da escola. A psicologia infantil e violência é um trabalho em conjunto.

O que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais: psicologia infantil é aliada para ajudar a tratar comportamentos agressivos  – Foto: Unsplash/Divulgação/ND

O que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais: psicologia infantil é aliada para ajudar a tratar comportamentos agressivos  – Foto: Unsplash/Divulgação/ND

Além dos sinais que indicam problemas de comportamento violento, isolamento social, sociopatias em crianças, baixo rendimento na escola, tristeza constante e mudanças nos hábitos alimentares ou padrão de sono são outros alertas para procurar um psicólogo e iniciar uma terapia comportamental.

A observação diária é fundamental para identificar alguma mudança repentina e quando é preciso recorrer a uma intervenção psicológica precoce para trabalhar alguma questão emocional ou comportamental da criança.

Qual é o impacto da violência contra animais no desenvolvimento infantil?

O desenvolvimento infantil se dá por meio de fatores intrínsecos e também pelo contexto social, que engloba a família. Assim, o ambiente mais saudável possível é fundamental para a criança, para evitar um possível trauma na infância.

Abuso infantil e maus-tratos desencadeiam traumas e se refletem em comportamentos agressivos, como o que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais. Além disso, maus-tratos a animais, para muitos pesquisadores, é um bom preditor de outras formas de violência interpessoal.

Desta forma, o desenvolvimento infantil contempla valores fundamentais em relação aos animais, o trato harmonioso e pacífico do convívio em sociedade.

Como prevenir atos de violência infantil contra animais

Ainda sobre o que leva uma criança a cometer atos de violência contra animais, a educação é fundamental para ajudar as crianças também no trato com os animais. Assim, é a principal aliada na prevenção de crueldade contra animais. É conscientizar que os animais devem ser respeitados e tratados com afeto.

Programas educacionais das escolas também auxiliam a promover essa conscientização e o respeito para com os animais.

Da mesma forma, a educação emocional vai ajudar a criança a lidar com os sentimentos de maneira mais apropriada. Assim, lidando com possíveis medos, por exemplo.


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