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Por que investigação aponta legítima defesa de adolescente que admitiu assassinato de pai em Toropi

Publicada em 12/11/24 às 15:46h - 34 visualizações

Correio do Povo


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Por que investigação aponta legítima defesa de adolescente que admitiu assassinato de pai em Toropi
 (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil investiga a morte de um homem, de 63 anos, em Toropi, na região Central. Ele foi assassinado a tiros pelo filho, de 17, na madrugada de domingo. O caso é tratado como legítima defesa.

O homicídio teria ocorrido após a vítima ter ameaçado matar a esposa e o jovem. Conforme a investigação, ele sofria de alcoolismo e costumava agredir a companheira, de 55 anos. Apesar do histórico, a mulher não havia pedido medida protetiva.

"Ele ficava violento quando bebia, agredindo a mulher com empurrões e pontapés. Ocorre que ela é uma pessoa bastante humilde e não tinha consciência que era vítima de agressões, então não pediu medida protetiva", afirma o delegado Giovanni Lovato, responsável pelo caso.

A família morava em uma propriedade na zona rural de Toropi. Na data do ocorrido, o homem saiu de um bar a cavalo e, após chegar em casa, teria passado a brigar com os parentes. Em dado momento, a vítima teria ameaçado matar a esposa a tiros, por isso o filho agarrou um revólver calibre .38, que estava guardado no quarto do casal, e fugiu por uma janela.

De acordo com o delegado Giovanni Lovato, o rapaz foi perseguido pelo agressor que, aos gritos, também prometia matá-lo. Quando percebeu que seria alcançado, o jovem disparou contra o pai, que foi atingido no abdômen e morreu no local.

Ainda conforme o delegado, mãe e filho tentaram esconder o corpo em um brejo na entrada da propriedade, por receio dos irmãos da vítima. Eles também teriam ido ao bar e dito ao proprietário que o homem não havia retornado para casa. O dono do estabelecimento, entretanto, fez buscas no terreno e acabou encontrando o cadáver.

Mãe e filho foram presos em flagrante. Apesar dos dois terem inicialmente negado o crime, ambos admitiram os fatos, ainda na viatura. Além disso, a diretora da escola em que o jovem estuda também fez questão de testemunhar a favor dele.

"Os suspeitos detidos e encaminhados para a viatura separadamente. Apesar disso, na delegacia, ambos apresentaram versões quase idênticas e sem incongruências. A diretora da escola onde o adolescente estuda também nos procurou para atestar que ele era um aluno esforçado e não se envolvia em confusões”, disse o delegado Giovanni Lovato.

O adolescente e a mãe respondem em liberdade. Eles devem ser indiciados apenas por alterar o local de crime, que é um delito sem pena de reclusão.

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