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Filho de autor de explosões no STF revela motivo da família ainda não ter buscado o corpo

Publicada em 19/11/24 às 09:46h - 56 visualizações

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Filho de autor de explosões no STF revela motivo da família ainda não ter buscado o corpo
 (Foto: Redes sociais/ Reprodução)

O filho do autor das explosões no STF (Supremo Tribunal Federal) revelou o motivo da família ainda não ter buscado o corpo de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, em Brasília. A perícia foi concluída pelo Instituto de Criminalística da Polícia Federal, sendo liberado na sexta-feira (15).

Para a equipe da NDTV Record, o filho informou que, a princípio, não foram buscar o corpo do homem por receio de ir até Brasília. Caso façam alguma cerimônia de despedida, será apenas com as cinzas dele.

Por volta das 19h30 da última quarta-feira (13), o catarinense bombardeou o próprio carro em frente ao prédio do STF e detonou outros dois dispositivos próximo à Câmara dos Deputados.

Imagens de câmeras de segurança mostraram a ação do autor das explosões, que arremessou explosivos segundos antes de deitar no chão, sobre um outro artefato, que explodiu embaixo dele. O chaveiro, que vivia em Ceilândia há quatro meses, morreu na hora.

Polícia Federal fez operação em propriedade de autor de explosões no STF

A Polícia Federal e Polícia Militar estiveram, na manhã de quinta-feira (14), na propriedade de Francisco, em Rio do Sul. As corporações não deram detalhes do que foi realizado ou encontrado na residência.

A Polícia Civil do Distrito Federal e a Polícia Federal investigam o caso. A principal suspeita é de que Francisco seja o único envolvido nas explosões em Brasília.

Peritos da PF (Polícia Federal) vão reconstituir o cenário das explosões em Brasília, na praça dos Três Poderes. O método é foi o mesmo utilizado para a investigação dos ataques de 8 de janeiro, quando os mesmos prédios foram depredados.

Viatura da PM e PF em frente à propriedade de autor de atentado

PF esteve em Rio do Sul, na propriedade do suspeito de explosões no STF – Foto: Rede Web TV/Reprodução/ND

Quem é Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões no STF

Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul, em SC, pelo PL em 2020 e recebeu 98 votos. Por meio de nota, o PL se manifestou sobre o caso.

“Reitero que o PL repudia veemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos. Reforçamos ainda que ataques a instituições públicas vão contra os princípios defendidos pelo partido” afirmou.

Na manhã do ataque, Luiz entrou na Câmara dos Deputados usando chinelos e um chapéu. Ao passar pelo raio-X da Casa, ele mostrou portar apenas uma carteira e uma chave, que aparenta ser do carro que explodiu próximo ao mesmo anexo.

“Tiü França” e as teorias da conspiração

Nas redes sociais, Francisco tinha um perfil ativo e compartilhava conteúdos relacionados a política, religião e teorias da conspiração. O autor das explosões em Brasília acreditava na existência do QAnon (teoria de extrema-direita em que adeptos da esquerda são adoradores de Satanás, pedófilos e canibais).

Além disso, também publicava frequentes críticas aos ministros do STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos líderes da Câmara dos Deputados e Senado Federal. Em postagens recentes, Francisco escreveu que o dia 15 de novembro, feriado de Proclamação da República, seria “especial para iniciar uma revolução”.

Testemunhas relataram às autoridades que o autor das explosões no STF em Brasília usava roupas que lembravam o personagem Coringa, vestindo um terno personalizado com naipes de cartas. Um chapéu branco foi encontrado ao lado do corpo. Ele morreu ao acionar um explosivo próximo à própria cabeça.

Imagem das mensagens deixadas pelo autor das explosões no STF

Francisco sugeriu explosões contra alvos políticos nas redes sociais – Foto: Reprodução/Redes sociais

Casa de autor das explosões no STF foi incendiada em Rio do Sul

A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, apontado como responsável pelas explosões no STF (Supremo Tribunal Federal), é a principal suspeita de ter incendiado a casa dele em Rio do Sul, na manhã de domingo (17). A informação foi confirmada pela delegada da Polícia Civil, Elisabete Prado.

Daiane Dias, ex-companheira de Francisco, foi vista por testemunhas espalhando gasolina no local e em seu próprio corpo.

Segundo a Polícia Civil, a mulher adquiriu produto inflamável no amanhecer em um estabelecimento comercial da cidade, em seguida, se deslocou até sua residência, provocou o incêndio e permaneceu no local.

O incêndio teve início por volta das 7h. No momento do incidente, o Corpo de Bombeiros informou que a mulher foi resgatada no local com queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em 100% do corpo.

Ela recebeu os primeiros socorros e foi encaminhada, em estado crítico, ao Hospital Regional Alto Vale, sendo transferida para um hospital em Lages.

A residência, com aproximadamente 50 metros quadrados, foi parcialmente consumida pelas chamas. Para controlar o fogo, o 15º Batalhão de Bombeiros utilizou cerca de 8 mil litros de água. As causas do incêndio estão sendo investigadas pelas autoridades.

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