Em uma solenidade emocionante, a Federasul e a Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA) entregaram à sociedade gaúcha e brasileira a escultura Heróis Voluntários, na manhã desta quarta-feira (11), em Porto Alegre. Às margens do Guaíba – próximo de onde era um ponto de chegada de resgatados – voluntários, autoridades, imprensa e público prestigiaram a ação de agradecimento a todos aqueles que se doaram e salvaram vidas durante a pior calamidade que o Rio Grande do Sul já viveu. Localizada em frente ao restaurante 360, a obra assinada pelo artista Ricardo Cardoso, com curadoria de Cézar Prestes, foi criada para simbolizar a união e a força coletiva que marcaram a tragédia e a recuperação. A cerimônia contou com a participação da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, que performou clássicos da música gaúcha.
“O principal desafio foi conseguir materializar um sentimento. Você olhar e conseguir sentir, é o que eu quis passar. E eu suponho que eu tenha conseguido, pela quantidade de feedbacks que eu estou recebendo, o que na verdade é um ‘Muito Obrigado, Brasil, pela ajuda’”, explica o autor da escultura.
A obra e seu significado
O monumento retrata um barco sustentado por figuras humanas, representando os esforços dos voluntários e a marca histórica da cota de inundação no centro de Porto Alegre. Em seu discurso, o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, destacou a importância de perpetuar a memória dos atos heroicos e agradecer a todos que se mobilizaram em prol das vítimas.
“Muito obrigado aos heróis voluntários e aos brasileiros que nos enviaram ajuda. Esse monumento não é apenas uma homenagem aos resgates, mas também um símbolo da união, da fraternidade e da capacidade de superação de nosso povo. Escolhemos o artista Ricardo Cardoso por sua vivência com o voluntariado, o que lhe permitiu expressar o valor do altruísmo e do associativismo. Esta obra celebra a união e virtudes que emergiram acima das diferenças”, declarou Sousa Costa.
O presidente reiterou: “Este monumento não é sobre divisões ou diferenças. Ele representa o que há de melhor em nós enquanto sociedade: a capacidade de nos unirmos pelos mais nobres valores. Que ele seja símbolo de novos tempos de cooperação e superação.”
Reconhecimento coletivo
A presidente da Associação Comercial de Porto Alegre, Suzana Vellinho, em seu pronunciamento, destacou o papel essencial da solidariedade.
“Os voluntários, que muitas vezes arriscaram suas próprias vidas, estão eternamente homenageados nesta escultura que se tornará um marco turístico e histórico. Como nos ensinou Rousseau, a força de uma comunidade está na união de seus membros, e este monumento simboliza o poder da cooperação para transformar desafios em oportunidades”, afirmou.
Representando a Assembleia Legislativa do Estado, o deputado estadual Paparico Bacci enfatizou o legado histórico que o monumento deixa para as futuras gerações.
“Esta obra, com certeza, servirá como fonte de pesquisa sobre este momento difícil que todos nós vivemos em nosso estado. Parabéns a todos os homens e mulheres que nos ajudaram no Rio Grande, aos voluntários do Brasil e do mundo inteiro. Em nome do parlamento gaúcho, nosso muito obrigado”, disse.
União
A secretária de Cultura, Esporte e Lazer do Estado, Beatriz Araújo, destacou em sua fala: “Essa obra de arte representa, como bem disse o presidente Rodrigo, a união de todos os homens e mulheres do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo, que acima de representarem instituições ou empresas, são seres humanos, pessoas que se comoveram fortemente e chamaram para si responsabilidades que naturalmente não seriam suas”.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, valorizou o papel do voluntariado: “Feliz de uma cidade, de um estado, de um país onde o voluntariado é maior que os governos. Então, um aplauso aos voluntariados!” Ele mencionou os esforços para acolher tanto pessoas quanto animais afetados pelas enchentes e frisou a necessidade de ações concretas no enfrentamento das mudanças climáticas.
Vidas
Já o presidente da CIC de Roca Sales, Cleber Fernando dos Santos, enfatizou a relevância dos voluntários: “Onde o Estado não conseguiu chegar, onde os bombeiros não conseguiram chegar, onde nem aeronaves conseguiram chegar, estavam os voluntários, com mantimentos, água e socorro.” Ele destacou que a mobilização rápida e eficiente desses grupos foi fundamental para salvar vidas, especialmente no Vale do Taquari. “Se não fosse o braço forte e a mão amiga dos voluntários, o número de vidas perdidas seria ainda maior. Então, aplaudam com fervor todos os voluntários e não desistam do voluntariado, porque a mudança acontece por meio dele.”
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