O envenenamento em Arroio do Sal, que resultou na morte de Paulo Luiz dos Anjos, ganha novos detalhes revelados por Zeli Teresinha dos Anjos, sogra da suspeita Deise Moura.
Em depoimento à Polícia Civil na última segunda-feira, Zeli afirmou que “sem sombra de dúvidas” a nora levou um leite em pó contaminado ao casal, durante uma visita no dia 31 de agosto de 2024.
De acordo com o relato, Deise e seu marido, viajaram de Nova Santa Rita até Arroio do Sal para entregar mantimentos à família, após a enchente em Canoas ter destruído a antiga residência de Zeli.
Entre os itens levados, estavam leite em pó em um pote de Tupperware e bananas.
Zeli descreveu a visita como aparentemente agradável, com Deise sendo “muito simpática e gentil”. Contudo, no dia seguinte, Paulo passou mal cerca de uma hora após ingerir café com o leite em pó trazido pela nora.
Ele apresentou vômitos intensos e precisou de atendimento médico urgente. Apesar dos esforços, Paulo faleceu às 2h do dia 3 de setembro, no hospital.
Inicialmente, a morte foi atribuída a uma intoxicação alimentar, possivelmente causada por bananas contaminadas pela enchente.
Contudo, após a prisão temporária de Deise, no dia 5 de janeiro, o corpo de Paulo foi exumado. Exames do Instituto-Geral de Perícias (IGP) detectaram arsênio em seus restos mortais.
Zeli acredita que os sintomas do marido foram semelhantes aos das três vítimas fatais do bolo envenenado ocorrido em Torres, em dezembro.
A sogra também lembrou comportamentos suspeitos de Deise durante o velório, onde, segundo relatos, a acusada aparentava “uma expressão de vitória” ao olhar para o corpo do sogro.
Zeli mencionou que, em novembro, Deise esteve novamente em Arroio do Sal. Durante essa visita, Zeli observou pacotes de farinha em locais diferentes da casa, sendo um deles guardado embaixo da pia.
A sogra acredita que Deise tenha contaminado a farinha propositalmente, movida por ciúmes e com o intuito de atingir Zeli como alvo principal.
O escritório Cassyus Pontes Advocacia, que representa a acusada, declarou que está analisando os laudos preliminares emitidos pelo IGP, além das informações veiculadas pela mídia.
Contudo, a defesa aponta que ainda não há laudos conclusivos relacionados ao filho de Deise e seu companheiro, razão pela qual o caso segue em investigação.
Deise permanece presa temporariamente, enquanto diligências adicionais estão sendo realizadas para esclarecer os fatos no inquérito judicial.
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