Agentes do Ibama realizaram fiscalização durante três dias em três municípios da Região Celeiro, situados ao longo do Rio Uruguai. A vistoria resultou em 21 proprietários de terras notificados sobre delitos ambientais, como abertura de portos sem licença e destruição da flora. A região está situada na fronteira com a Argentina e possui dezenas de portos clandestinos, utilizados para diversos tipos de contrabando.
A ação do Ibama foi nos municípios de Crissiumal, Tiradentes do Sul e Esperança do Sul. A operação foi conduzida pelo fiscal Rodrigo Dutra, com o suporte de caminhonetes e lanchas, além do apoio da Patrulha Ambiental da Brigada Militar. Num dos portos foi apreendido um barco com contrabando de bebidas. “Esse é um esquema criminoso muito organizado. Os operadores se avisam sobre a presença de veículos estranhos na área. Por isso é difícil o flagrante”, ressalta Dutra.
Foram vistoriados 26 portos clandestinos. Isso resultou em 10 notificações prévias para elucidar quem são os autores das infrações ambientais e 11 multas já aplicadas, que resultam num total de R$500 mil em autuações. Essas são as punições administrativas.
Já o Ministério Público Federal (MPF) irá apurar os crimes. A Procuradoria da República em Cruz Alta já abriu diversas investigações e ações penais relativas à degradação de Mata Atlântica na fronteira, principalmente na região da Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Uruguai. A maioria trata da criação de loteamentos clandestinos (com posterior construção de casas de veraneio) ou estruturas semelhantes, além de atracadouros e portos irregulares.
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