Em reportagem que foi ao ar no Domingo Espetacular e no Câmera Record deste domingo, dia 9, Roberto Cabrini entrevista com exclusividade Ricardo Falco, antigo amigo de Robinho que, como o jogador, foi condenado pelo crime de estupro coletivo cometido na Itália e pelo qual ambos vão cumprir pena no Brasil. Ele se manifesta pela primeira vez sobre o caso. Antes de se entregar à Polícia Federal, no encontro com o jornalista, faz revelações e conta detalhes da noite de 22 de janeiro de 2013. Em duas horas de conversa, em seus últimos momentos de liberdade, Falco afirma que vai se entregar, revela ressentimentos e faz acusações contra o antigo parceiro.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil decidiu em março que Robinho deveria cumprir, no Brasil, uma pena de nove anos de prisão pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa em uma boate em Milão. Nesta semana, foi a vez de Rodrigo Falco, que também havia sido julgado naquele país, receber a mesma sentença, com cumprimento imediato da pena em regime fechado.
"Quero me entregar, passar o que tem que passar, depois que pagar, estar livre pra recomeçar minha vida do zero e voltar a ser a pessoa que eu sempre fui", afirma Falco, pouco antes de se apresentar à polícia. "Quero só que acabe isso, porque faz cinco anos que minha vida é um pesadelo. É um fantasma em cima de mim", completa.
Na entrevista, Cabrini explica que, pelo encaminhamento, Falco deverá ficar preso no mesmo presídio em que Robinho já cumpre a pena. "Vamos nos encontrar. Vou conversar, porque eu tenho muita coisa pra falar para ele, que eu não sou de acordo", responde ele ao jornalista. "Eu fui muito amigo dele, fui muito fiel a ele. E eu não achei que tive o mesmo retorno, tipo, dessa fidelidade".
Falco também confirma a Cabrini a veracidade de gravações que mostram conversas entre ele e Robinho, em que ambos combinam os depoimentos: "Sim, verdade, admito".
Cabrini destaca ainda que as investigações apontaram que o material genético encontrado no vestido da vítima era de Ricardo Falco e confronta o entrevistado com as informações levantadas durante o processo.
